sexta-feira, 29 de setembro de 2017

ENTRE ÁRVORES

No caminho, quase dançando
Entre seres tão elegantes
Passo a passo, vamos adiante
Com a nossa poesia amando

Cada folha aos céus erguida
Clorofilas afilhadas do chão
Seiva da terra em circulação
No cerne que discerne a vida

Não tem a honra e a essência
Um respeito que no peito arda
De um rei que revista a guarda
Com oficiais em continência

Tanto quanto o coração arvora
Entre árvores, quando a gente
Em vibração tão eloquente
Anda, conversa e, ali, demora

Com o cheiro da mata, revigora
Tanto amor no ar que se respira
Que nem se paga por tanta lira
O que se tira do amor que chora

Essa brisa filtrada na folhagem
É o hálito de Deus, quando fala
Um poema de amor que nos cala
No sublime êxtase desta viagem


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