O que dizer da minha gritante diguice
Se nada de proveito gera este chucro
A não ser aos cotovelos, como mucro
Letras borboletas, que, avoado, disse
Quando falo de Deus, porém, difere
Digo o que não fere, mas o que edifique
Não vem de mim, eu só peço que fique
Mas, do mero instrumento, nada espere
Nutre a fé o que de Deus resplandece
Seja minha boca um holofote em riste
Nada em mim, ao que é de Deus, resiste
Projete a luz da sabedoria que aquece
Tão clara e doce, maciez que enternece
O Senhor não quer ver ninguém triste
Nenhum comentário:
Postar um comentário