Não importa quão feroz é o tigre
Se, ao ser purificado, ele for trigo
Na fornalha inevitável vira pão
E alimento de vidas, feito amigo
Tenha paciência com o que briga
Pois que na tempestade vira abrigo
Aquele que te ofende e te humilha
Ajuda-o a vencer velhos inimigos
Aceite o fogo que lhe deixa macio
Não torre com o calor, não amargue
Seja fácil e cresça com o fermento
Você é trigo e dessa sina não largue
Não se revolte com quem o achata
Se não levar bordoada a pobre massa
Não fica bom o trigo, perde o ponto
Tanta mesa sem pão, quão escassa
Mas não se iluda com vida sem dor
Todo processo positivo a necessita
Até uma pedra aprende, se lapidada
Louvado seja Aquele que nos lapida
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