Com angústia e muita dúvida
Visitava estantes e não decidia
Olhava as capas e perguntava...
Qual desses livros me livraria?
Qual saciará minha insistente sede?
Ilhado com Crusoé, que eu não fique
No Velho e o Mar, eu não me afogue
Água salgada é com Boby Dick
Qual acalmaria a minha paixão?
Crime e Castigo, nem vou pensar
Guerra e Paz, ora, claro que não!
Napoleão? Vou voltar pro mar
Qual poderia revelar meus dons?
Em Dom Quixote, minha utopia
Em Dom Casmurro, a paranóia
No Indomável, minha rebeldia
Algum que me ensine a amar
Que não seja Romeu nem Julieta
Muito menos Madame Bovary
Talvez Peter Pan e a tal “Sineta”
Que livro viria aberto pra me livrar?
O Monte Cristo, de uma masmorra?
A Escrava Isaura, do Pelourinho?
Ou Alcatraz, antes que eu morra?
Não li muitos, mas o bastante, e digo
Uns não valem as árvores que matam
Nas folhas brancas, sem fotossíntese
Páginas que não libertam, mas atam
Nem todos os livros nos querem livres
Alguns se posicionam contra a obra
Laço de boi ou arapuca de passarinho
Em vez de se doar, sorrateiro, cobra
Mas muitos livros são os degraus
Importantes para uma vida de elevação
Até que encontremos o que é Sagrado
A maravilhosa leitura, a libertação
Basta crer em Quem nos conduz à vida
O Caminho e a Verdade, não somos ilha
Há um livro verdadeiro sobre o Amor
Do nosso Criador, o autor da Bíblia
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