Meio dia, dentro do carro, ante a praia
Sol a pino, eu gritei e Deus me ouviu
Céu azul, dia claro, e o olhar turvo
Meu clamor ecoou no mundo surdo
Tanta gente na cidade, só Deus me viu
O improvável aconteceu, na urgência
Um socorro em minutos me foi dado
Certo servo, bem guiado pelo Senhor
Ele me fez uma pergunta que pairou
Sobre o cerne e iluminou: tudo errado
Este pobre, entretanto, não entendeu
Apesar de declarar-se do Senhor Jesus
Continuou desleixado e sem prudência
Parecia que tinha perdido a inteligência
E chorava muito, sem amor e sem luz
Mais sofrimento e muita dor, lamentáveis
Cultivados pelas próprias transgressões
Até que Deus anunciou ao meu acanho
Uma pá para eu desenterrar meu sonho
Foi numa noite de turbilhão de emoções
Daí em diante, eu devorava o evangelho
Com olhos ávidos pela verdade aliviante
E estreava enfim um maior entendimento
Que precedeu o mais necessário evento
Da consequência indesejável e chocante
Fui parar no fundo do poço, arrasado
Porém, com a fé e a esperança nutridas
Foi que enfim eu me entreguei ao Senhor
Completamente necessitado do Seu amor
Repleto da dependência, então entendida
Depois de meses de um bom aprendizado
Minha volta inusitada (que Casa é essa?)
Em que de novo o sacerdote me apontou
Disse: “foi o Espírito de Deus que indicou”
Na multidão e confirmou Suas promessas
Disse que Deus viu o esforço que eu fazia
E que iria me abençoar, abundamente
Enumerou tanta coisa ante o meu pranto
Que eu nem ouvi a maioria, pois era tanto
Eu me derretia, com gratidão ascendente
E hoje, quando uma boa amiga me disse
Uma coisa boa de guardar, eu me lembrei
De repente, veio-me toda a história à mente
Ajoelhei-me e agradeci, e até mais crente
Faço este poema para registrar que eu sei
Eu sei, ó, meu Senhor: Tu és fiel
E nos amas infinito e eternamente
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