sexta-feira, 20 de abril de 2018

TEATRO SEM FIM

Essa face de alfaces rosas
Um tipo trans de alho poró
Com curvo bigode amarelo
De lembrar Hercule Poirot

Leva-nos a uma dedução
Digna de Agatha Christie
Que há um teatro no mato
Com enredos nada tristes

Aliás, nada mais hilariante
Que esse talento evidente
Delineando várias variantes
Das caricaturas de gente

Orquestram em atos atores
Orquídeas em contracenas
Os ventos as dirigem sem pena
E tiram até pedra das flores

Eu sugiro ao público, assim...

Que atente, em algum jardim
Para o teatro de pleno deleite
Flores tirando de pedra leite
E ninguém as vê dizerem "fim"



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